Minha primeira consulta do pré-natal

Após fazer o teste de farmácia e acusar positivo, entrei em contato com o serviço médico da nossa Província para poder agendar a primeira consulta do pré-natal. Aqui em Quebéc, a primeira consulta para grávidas é realizada entre  9 a 11 semanas de gestação. Este período irá variar conforme o médico.

No primeiro contato telefônico, o atendente faz várias perguntas, no intuito de entender qual é o contexto familiar da gestante e do bebê. Entre as questões, há tais como: se é casada ou vive junto do pai da criança; se está trabalhando atualmente; se o bebê foi planejado; se os pais estão felizes com a notícia e se a mãe se sente triste, solitária ou isolada no momento e, se a gestante prefere parto em hospital ou em casa de parto… Contudo, de acordo com as respostas, o atendente irá direcionar a gestante ou o casal para entrar em contato com algum serviço especializado do governo.

Após receber o e-mail a lista dos hospitais e clínicas (eu optei pelo hospital), entrei em contato com as que eram mais próximas da minha residência e conseguir agendar a primeira consulta com o ginecologista em duas clínicas: uma para atendimento com 9 semanas e a outra com 10 semanas. Deixei as duas datas reservadas, para acaso de haver algum imprevisto com o primeiro atendimento e não haver risco de demorar para eu conseguir uma nova vaga, após um possível cancelamento.

Mas, devido os sintomas do primeiro trimestre terem começado de forma muito intensa e eu ter praticamente parado de me alimentar e dormir bem, precisei ir em um clínico geral antes para buscar ajuda. O médico que nos atendeu foi excelente! Super atencioso e muito solícito. Ele me passou alguns remédios para me auxiliar na intensa dor de estômago, vitaminas e outro para reduzir o enjôo. E depois, eu seguir aguardando a tão esperada primeira consulta do pré-natal.

O dia da primeira consulta do pré-natal chegou!

Ufa! Nós, eu e meu marido, estávamos ansiosos por este dia. Era ali que íamos começar a acompanhar com um especialista o desenvolvimento do nosso bebê, era o dia de iniciar o pré-natal. A consulta estava agendada para segunda-feira, às 12h15. Quando estávamos em frente ao prédio da clínica (às 11h55) recebi uma ligação informando que minha consulta havia sido cancelada, pois a médica teve um imprevisto no hospital e não poderia fazer os atendimentos neste dia. Ficamos chateados, mas compreendemos que poderia ter sido alguma urgência com outra gestante. Entramos na clínica e fizemos o reagendamento para quarta-feira, às 12h. O meu horário era o primeiro da lista da médica, pois ela atendia na clínica somente no período da tarde.

O dia da primeira consulta chegou de novo! E lá estávamos nós, com antecedência de 15 minutos para o nosso horário. Fiz o cadastro e alguns minutos após, a enfermeira me chamou para poder preencher um questionário com as informações iniciais para avaliar o meu perfil. Entre as informações: peso (aonde eu descobrir que havia perdido 3,5kg), pressão arterial, informações se houve algum problema com as gestações da minha mãe, entre outras. Finalizado com a enfermeira, voltei para a sala de espera para aguardar a médica.

Na sala de espera aguardamos por mais umas 3 horas. Isto mesmo! Por volta das 15h30 fui chamada para a sala da médica. Entramos, sentamos e a médica não estava lá. Aguardamos por mais uns 20 minutos até que uma das atendentes questionou se a médica ainda não havia nos atendido e informamos que ela ainda não havia chegado na sala. Após mais alguns minutos, a médica enfim chegou!

Ela fez várias perguntas, analisou o prontuário e fez um ultrassom simples. – Eu descrevi como “ultrassom simples”, pois a imagem do bebê é visualizada em um aparelho que parece um celular e não em uma grande tela. – Este era o nosso primeiro contato com os contextos: gravidez, pré-natal e acompanhamento médico em outro país. Tínhamos muitas perguntas sobre o que deveríamos fazer e quais passos seguirem. A médica respondeu algumas perguntas sem muita clareza ou empatia por nossas dúvidas. Tivemos a impressão que ela era uma médica experiente pela parte técnica, mas não nos sentimos acolhidos enquanto pacientes – além do atraso enorme no atendimento. Ela me passou vários exames para serem feitos e me direcionou para buscar informações na recepção de como fazer o agendamento. Nós voltamos para casa chateados com a situação.

Conversando com meu marido, falei que eu tinha uma consulta agendada para a semana seguinte, em que eu não havia cancelado até o momento. Então, decidirmos que iríamos na nova consulta, na esperança de ter uma experiência diferente. Eu pedi a Deus para nos abençoar com um bom médico e eu confiei que minha oração seria atendida.

A consulta com o novo médico ginecolista

O dia da consulta com o novo médico chegou! Já ficamos encantados desde o atendimento da recepção, com a equipe da recepção sorridente e atenciosa. A minha consulta era às 09h20 e fomos atendidos pontualmente pelo médico.

Ao entrar em seu consultório, imediatamente nos sentimos acolhidos com a gentileza e cuidado no tratamento conosco. Ele preencheu meu prontuário, orientou-nous sobre os exames e o melhor caminho para o agendamento dos exames, que era ir diretamente no hospital e já fazer o meu cadastro lá. Em outras palavras, a equipe do hospital iria me orientar sobre as próximas etapas com mais precisão.

Saímos da clínica encantados. E eu tive a certeza que minhas orações haviam sido atendidas. Agora sim, nos sentíamos seguros em continuar esta trajetória linda que é o pré-natal.

Curiosidade sobre a Casa de Parto

Eu não conhecia como funciona uma casa de parto, portanto, optei pelo hospital. Após uma conversa com outras gestantes em uma “Roda de Gestantes” que há aqui em Montreal, me informei que a Casa de Parto é um espaço maravilhoso e muito acolhedor. O acompanhamento é realizado pelas parteiras. Porém, antes da gestante decidir pelo acompanhamento e parto no espaço é feito um estudo e análise pelas parteiras do perfil da mulher. Em caso de haver algum risco para a gravidez, a gestante será direcionada para fazer o pré-natal uma clínica. Ou seja, a mulher analisa e decide pela Casa de Parto, assim como as parteiras também irão analisar e decidir se esta gestante poderá ser atendida por elas.

Para quem quiser acompanhar a Roda de Gestantes, siga o Insta “Nascer em Montreal”, gerenciadas com muito carinho pela Cris e Carol.  https://www.instagram.com/nascer_em_montreal

Quer conferir como está sendo minha jornada de maternidade?

Acompanhe esta trajetória da minha nova fase de vida que começa neste primeiro post.  É só clicar neste link: A decisão de ter um filho – Conversas e Palavras